terça-feira, 20 de julho de 2010

Estratégias de Implementação CMMI

Continuando o rescaldo ainda da SEPG Europe, realizada no fim de Junho no Porto, gostaria de partilhar convosco algumas ideias resultantes da discussão paralela à conferência com consultores e instrutores de CMMI.
Esta discussão esteve centrada na melhor forma de avaliar e talvez mesmo "certificar" pessoas e a sua capacidade de implementar o modelo CMMI. No entanto, este não é o assunto que eu quero aqui trazer hoje. No decorrer desta discussão apareceu algo que aparemente seria novo, mas que na realidade não é na totalidade.
A ideia que apareceu, e com a qual eu concordo, é a de que a melhor forma de implementar o modelo CMMI é organizar uma equipa em que por um lado existe alguém que tem um conhecimento profundo do modelo, mas que por outro, existem pessoas, que não necessitam de ter conhecimento profundo do CMMI, mas que têm conhecimento detalhados das diversas áreas específicas. Explicando melhor, com um exemplo. Se estivermos a olhar para a implementação de áreas de processo ligadas a actividades mais técnicas, como as de Engenharia, então deveríamos ter alguém que saiba realmente como executar essas actividades. Peguemos então na área de processo "Product Integration" (PI). Neste caso, deve exstir uma ou mais pessoas que saibam em detalhe quais as melhores formas de proceder à integração de sistemas, quais as melhores técnicas, quais as melhores ferramentas, que metodologias utilizar, etc. E essas pessoas não teriam de estar preocupadas com os detalhes do modelo CMMI, teriam antes de estar preocupados com os detalhes operacionais. Depois existirá alguém que terá de dialogar com essa(s) pessoa(s) para alinhar com os objectivos específicos e objectivos genéricos do modelo. Assim, mais facilmente obteríamos uma abordagem mais honesta, centrada nos reais problemas da organização e não numa perspectiva cega do modelo e aquilo que se pode ler no livro. E este é exactamente um dos argumentos usados contra o modelo CMMI. De certeza absoluta que iremos ter mais trabalho, mais discussão, mas tambémd e certeza absoluta que iremos ter uma implmentação de processos mais virada para a organização, mais virada para a melhoria de performance e não apenas para a melhoria de processos.
Agora, vem a parte de que afinal isto não é novo. Se lerem muita da documentação de apoio a CMMI vão de certeza encontrar uma referência às PAT (Process Area Team), que visava ser uma mini-equipa dedicada a uma determinada área de processo e que pode agora ser extrapolada também para a implementação e muito mais virada para as reais necessidades operacionais que permitirão atingir os objectivos específicos e genéricos definidos pelo modelo. E relembro que são apenas os único componentes obrigatórios no modelo...

Como sempre, aguardo comentários e/ou outros pontos de vista.

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